sábado, 12 de novembro de 2011

Eu tenho a marca da promessa de Deus!


  Quando a gente passa por um câncer de mama, tudo o que acredita passa a ter outro significado em sua vida... sua rotina muda, milhares de exames, quimioterapia, talvez radioterapia, cirurgia de mastectomia, cirurgia de reconstrução,1, 2...  ufa!, Tanta coisa chocando que você não sabe mais quem você é realmente... É um período da vida no mínimo, traumatizante... Normalmente os nossos familiares passam por isso junto, ali do nosso ladinho, tudo é tão novo e assustador que eles ficam doentes junto com a gente. É muito difícil para nossa família viver um câncer, ele pode facilmente desestruturar a rotina da nossa vidinha, sem muitos sobressaltos a não ser os de sempre... Tem família que o câncer dá uma sacudida, uma reviravolta louca, algumas pendem para o bem e outras para o mal, mas nenhuma passa a inglesa, jamais a família será a mesma... Por muitas vezes escutei relatos dos mais diversos; de marido que não sabia o que fazer com a mulher mastectomizada, da mulher mastectomizada que deu um pé na bunda do marido, da filha que estava com medo de perder a mãe, de casal que mudou totalmente de vida, enfim, esta e minha história real e verdadeira...
  Minha primeira quimio, feita no Hospital do câncer A. C. camargo. Nessa primeira quimio recebi a noticia que não queria ouvir nunca, já tinha sido avisada pois me disseram: que eu iria fazer a quimio mais forte, que faria eu perder meus lindos cabelos. Dito e feito uma semana depois notei os primeiros fios caírem, ficou impossível de penteá-los, foi quando decidi pedir para minha mãe e meu marido pra passar a máquina zero, nunca tinha imaginado fazer isso um dia! E jamais imaginaria entrar em depressão, mas foi inevitável, pois cresci sendo elogiada pelos belos cabelos, imaginei que quando os perdesse perderia minha identidade, mas o choque maior, foi quando me defrontei com o espelho, que sempre fora meu grande amigo e aliado, agora estávamos definitivamente de relações cortadas, foram-se os cabelos tinha que aprender a enxergar além da minha vaidade e do meu poço de ego... Aprendi com a dor, e com a perda a superar e acreditar sempre que amanhã  nasce um novo dia, para recomeçarmos... Para nossa família foi realmente um ano muito triste, pois na mesma época o irmão caçula do meu esposo e padrinho da minha filha, uma pessoa muito especial, e extremamente humano e gostava muito de seus animais de estimação também forá acometido de um CA. nos gânglios que o levaram muito cedo, foi muito triste velo indo embora sem podermos fazer nada, ficamos muito triste mesmo, e este fato tão marcante me deu mais forças ainda para lutar, aprendi muito com o meu CA... Também foi neste período que eu descobri a minha fé ainda latente em meu interior, Desafiei a força do universo e a resposta graças a Deus foi positiva, hoje estou completamente curada e feliz...

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